Foto: Fabio Pereira
Em audiência realizada na manhã de 11/05/2011, o governo de Duque de Caxias informou que não existe nenhuma proposta de reajuste para os profissionais da Educação do município até o momento.
Foto: Fabio Pereira
Reunidos em assembléia no Clube dos Quinhentos após a audiência, mais de mil profissionais da Educação presentes, decidiram por unanimidade entrar em Greve por 72 horas.
Logo em seguida eles seguiram em passeata pelo centro de cidade em direção a Secretaria de Educação, contando com o apoio da população.
A assembléia aprovou, ainda, o seguinte calendário de mobilização:
12/05, quinta – Reunião nas escolas com alunos, pais e responsáveis e corrida as escolas vizinhas;
13/05, sexta – 9 horas – Ato na porta da Prefeitura Municipal de Duque de Caxias (Jardim Primavera);
16/05, segunda – 13 horas – Assembléia no Clube dos Quinhentos.
Os profissionais denunciam, ainda, as péssimas condições de trabalho, falta de materiais didáticos e problemas estruturais das escolas da rede e exigem que o governo apresente um calendário de reformas das escolas, uma vez que algumas delas estão em situação crítica, colocando em risco a integridade física dos alunos e profissionais.
Em primeira instância esta greve cumpre o papel de advertir o governo da insatisfação da categoria que avaliará na assembléia de segunda feira se as negociações avançaram e se será necessário a aprovação da greve por tempo indeterminado.
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Já nas primeiras horas, a greve ultrapassa os 90% de adesão
Segundo o comando de greve, que percorreu as escolas dos quatro distritos de Duque de Caxias, aproximadamente 90% das escolas estão paralisadas e as que funcionam operam com menos de 20%. A direção do Sepe espera que até o fim do dia a greve tenha mais de 95% de adesão.
Falta de proposta de reajuste da prefeitura foi o principal motivo para a greveA decisão de paralisar as atividades por três dias foi tomada depois de uma audiência, no dia 11 de maio, entre a direção do Sepe e os secretários de Educação, Planejamento e Administração, que representaram o governo municipal. Durante o encontro, os secretários informaram que o governo municipal não tinha nenhuma proposta de reajuste salarial para a categoria. A decisão causou revolta dos profissionais, já que, há mais de um mês, eles estão em campanha salarial e o governo havia prometido apresentar a sua primeira proposta de reajuste nesta audiência. A reivindicação da categoria é reajuste salarial e incorporação da gratificação do FUNDEB.Os profissionais de educação das escolas municipais de Caxias reivindicam reajuste salarial e incorporação da gratificação do FUNDEB. Eles também estão denunciando as péssimas condições de trabalho na rede municipal, falta de materiais didáticos e problemas estruturais das escolas e exigem que o governo apresente um calendário de reformas das unidades, uma vez que algumas delas estão em situação crítica, colocando em risco a integridade física dos alunos e profissionais. |
Contatos: Secretaria de Comunicação Sepe – Caxias
21-7712-8256 ID. 14*14037 2671-1709 (Sepe Caxias)
ricardofm2000@hotmail.com
Fonte: http://sepecaxias.org.br/site/
DENÚNCIAS APRESENTADAS PELAS ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL AO SINDICATO ATÉ 6/04/2011
- E.M. Mª de Araújo e E.M. Dalva Borges (escola nova):
– As escolas não realizaram os 3 dias destinados a Planejamento no mês de fevereiro. As escolas terão direito a esses 3 dias em outro momento?
- Creche e Pré – Escola Elisa Mathias de Araújo – Vila Operária:
– Turmas regidas por estimuladoras
– Qual é o quantitativo legal de estimuladoras por crianças?
– Preocupação com boatos a respeito de premiação por desempenho na E.I
– Ausência total de material para trabalhar
- E..M. Mariana Nunes Passos:
– A escola recebeu uma “Reforma” pois foi o 3º melhor resultado da Provinha Brasil, ganhamos além de 350 livros. Está havendo premiação na rede por resultados na Prova Brasil?
– Conserto na iluminação: já caíram todas as lâmpadas consertadas.
– Está com problemas de infraestrutura, necessitando com urgência de obras (infiltrações, problemas no telhado).
Obs.: A Secretária de Educação disse por e-mail à direção em fevereiro de 2011 que até o final daquele mês a obra iniciaria. No entanto até hoje nada foi feito nem comunicado.
- E.M. Maria das Graças Cardoso Bighi:
– Ontem (5/04) professores e alunos foram resgatadas por bombeiros. Inclusive foi notícia na imprensa. Todas as dependências da escola ficaram inundadas. Não tem cozinha, sendo que onde se faz a comida é um beco quente e sem janelas. A Secretaria é um cubículo, uma das salas é muito pequena. Não tem cisterna sendo um transtorno quando falta água. Toda vez que chove o pátio inunda e fica cheio de lama .Como a escola é pequena a verba não dá conta de fazer a manutenção da escola.
Obs. Não há anúncio de reformas porque o prédio é alugado.
- E. M. José Medeiros Cabral :
– Faltam: Professores de algumas áreas do 2º segmento do Ensino Fundamental; Coordenadores de turno (para o 1º e o 2º ); Inspetores de alunos/funcionários de apoio
– Necessita se reforma da Quadra de Esportes: está interditada em péssimas condições, inclusive há uma parede que está rachada e quase desabando. Essa parede termina na rampa de acesso para o 2º pavimento , que é utilizada diariamente pela comunidade escolar;
– Abastecimento de água em condições precárias e inapropriadas.
– Faltam funcionários
– 2 turmas funcionando sem professor (regida por estimulador materno-infantil).
– Deficiência no quadro de estimuladores.
- E.M. Professor Walter Russo de Souza:
– Necessita com urgência de reformas na parte elétrica (crianças levam choque de aparelhos, os eletros são queimados).
- E.M. Wilson de Oliveira Simões:
– Turmas de 6º ano com 45 e 47 alunos em salas que mal cabem 35 alunos.
– Apesar de nadar em goteiras e outros problemas, a diretora diz que a prioridade de obras é fazer uma sala para ela.
– Quantitativos de alunos: superlotação das turma
– Turmas do ciclo: maioria das turmas com + de 25 alunos.
– 5º ano: com 35 alunos.
Deu na Imprensa – Jornal Extra – 12/05/2011